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Além de tantas outras burocracias no Comércio Exterior, fazer pagamentos internacionais está entre uma delas.

Afinal, as operações internacionais exigem controles e salvaguardas que um pagamento doméstico não precisa. Ao mesmo tempo, temos que estar de olho em vários fatores, como a cobertura cambial, impostos e prazos de pagamento.

Quer entender mais sobre os pagamentos internacionais e melhorar sua operação de Comex? Então, continue lendo e saiba mais!

Modalidades de pagamentos internacionais

pagamentos internacionais modalidades

Os pagamentos internacionais envolvem uma série de etapas para que os envolvidos possam enviar e receber os recursos. Assim, há mais de uma forma de realizar pagamentos internacionais, sendo as 4 principais:

  1. Pagamento antecipado;
  2. Remessa sem saque;
  3. Carta de crédito;
  4. Cobrança documentária.

Cada método de pagamento possui suas particularidades, custos e prazos. Vamos conhecer mais sobre cada uma em seguida.

Pagamento antecipado 

Como o nome já denuncia, o pagamento antecipado é um dos pagamentos internacionais mais arriscados para o importador. Isso porque a empresa importadora faz o envio da ordem de pagamento antes do embarque da mercadoria.

Assim, o exportador transfere todo o risco para o importador, que não possui a garantia de recebimento da mercadoria. 

O benefício desse método está nos baixos custos e agilidade. Porém, é necessário um alto nível de confiança entre as duas empresas.

Remessa sem saque

A remessa sem saque é o oposto do pagamento antecipado. Aqui o ônus fica praticamente todo sobre o exportador, uma vez que fará o envio da mercadoria e documentos antes de receber pela carga.

Assim como a modalidade anterior, esse tipo de pagamento internacional exige um alto nível de confiança entre exportador e importador. 

Afinal, o exportador estará assumindo todo o risco da operação, uma vez que não terá qualquer garantia de recebimento. Por outro lado, oferece menos burocracia e mais agilidade nas operações do importador, uma vez que a questão do pagamento é resolvida com a mercadoria em trânsito ou já em seu destino.

Carta de crédito

A carta de crédito é um dos métodos de pagamentos internacionais mais difundidos e seguros. Isso porque entre o importador e exportador há o banco avisador, uma instituição financeira que faz o intermédio na operação.

Assim, o importador emite a Cartão de Crédito junto ao seu banco. No documento é especificado:

  • Valor da transação;
  • Bens ou serviços negociados;
  • Identificação de todas as partes envolvidas;
  • Termos negociados para validação do compromisso.

Nesse sentido, esse método funciona como um compromisso de pagamento, garantindo a remuneração do exportador. 

Ao mesmo tempo, protege o importador, que só acertará o valor caso o exportador tenha cumprido os requisitos especificados no documento.

Cobrança documentária

Por fim, outra modalidade de pagamentos internacionais bastante popular, mas burocrática, é a cobrança documentária.

Nesse tipo de pagamento o fluxo de pagamento funciona da seguinte maneira:

  • O exportador embarca a mercadoria e envia a documentação para o seu banco;
  • O banco do exportador avaliará a documentação para, então, encaminhar as informações ao banco do importador;
  • O banco importador realiza o mesmo procedimento de conferência;
  • Por fim,o importador faz o pagamento da fatura para poder receber acesso aos documentos do exportador.

Com esse fluxo, temos um método de pagamento internacional extremamente seguro, uma vez que temos a presença das instituições financeiras realizando o intermédio.

Vale destacar que o importador só terá acesso às informações para despacho aduaneiro após realizar o pagamento.

Como realizar um pagamento internacional 

Vimos até aqui as modalidades de pagamentos internacionais. Entretanto, elas se referem a todo o fluxo documental envolvido.

Isto é, dependendo da modalidade, temos prazos e formas de pagamento diferentes, bem como garantias pelo recebimento da mercadoria.

De todo modo, a fatura comercial pode ser paga de diferentes formas, dependendo da modalidade e do acordo com o banco.

Antes de mais nada, é importante frisar que o planejamento tributário e dos custos é uma etapa primordial para escolher o melhor caminho para realizar pagamentos internacionais.

Isso porque as transações financeiras terão incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que pode variar entre 0,38% a 1,1%.

Ao mesmo tempo, cada tipo de pagamento possui tarifas, taxas e encargos diferentes. Nesse sentido, é importante entender como funciona o pacote de serviços do banco.

A forma de pagamento deve ser acordada com o exportador. Hoje em dia há diferentes maneiras de pagamento:

  • PayPal;
  • Transferência bancária;
  • Cartão de crédito internacional;
  • Plataformas de remessa internacional;
  • Boleto internacional; entre outros.

Além da modalidade e forma de pagamentos internacionais, também precisamos prestar atenção ao câmbio. Afinal, as variações cambiais são diárias e podem gerar um impacto profundo nos resultados da sua operação.

Quer aprender a fazer o melhor contrato de câmbio? Então, confira nosso artigo completo sobre contratos de câmbio!

Como receber pelas exportações?

Para os exportadores, também é importante prestar atenção em como recebe pelos seus pagamentos internacionais. Afinal, assim como o importador precisa atentar-se aos custos e prazos, o exportador também possui essa preocupação.

Aliás, o preço de exportação precisa levar em consideração todos esses fatores, como:

  • Tributos
  • Frete internacional
  • Embalagem
  • Despacho aduaneiro
  • Carregamento
  • Booking (reserva de praça)
  • Custos da transação financeira

Entenda neste artigo 7 dicas para formação de preços de exportação de forma prática!

No caso do exportador, há dois fatores importantes de se considerar na hora de receber pelos pagamentos internacionais:

  • Tempo para receber os valores;
  • Taxas a serem pagas.

Primeiro, cada instituição financeira terá um prazo para fazer o repasse dos valores. Por exemplo, o PayPal pode levar de três a cinco dias para serem compensados, mas os valores podem ser retidos por até 30 dias.

Esse é um ponto muito importante para ser considerado para o fluxo de caixa da empresa.

Também é importante entender os custos de recebimento dos pagamentos internacionais. Geralmente, há uma taxa sobre o valor recebido mais uma tarifa fixa.

Lembrando que dependendo da modalidade de pagamento pode haver outros custos envolvidos.

Dicas para gerenciar e reduzir os custos de pagamentos internacionais no Comércio Exterior

pagamentos internacionais como gerenciar

Para gerenciar e reduzir os custos de pagamentos internacionais, é essencial

  1. Planejar todos os custos e tributos envolvidos;
  2. Escolha de bons parceiros comerciais;
  3. Avaliar a segurança dos meios de pagamentos;
  4. Considerar todos os prazos envolvidos;
  5. Investir em uma solução tecnológica para gerenciar todos os processos.

Vamos entender mais sobre cada uma dessas etapas a seguir.

1. Planeje todos os custos e tributos envolvidos

O primeiro passo para qualquer importação ou exportação, é fazer um bom planejamento tributário e de todos os custos envolvidos. 

Cada operação terá seus custos específicos. Em geral, nos pagamentos internacionais temos 4 custos:

  • Taxa para transferência SWIFT;
  • Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
  • Taxa de Câmbio Comercial;
  • Tarifa Bancária.

Nesse sentido, é fundamental escolher boas instituições ou plataformas para pagamentos internacionais. A sua intermediária deve ser uma empresa sólida, com ótima reputação e que ofereça prazos e custos competitivos.

Ademais, está cada vez mais popular plataformas digitais de remessas internacionais. Assim, há diversas oportunidades para melhor gerenciar e otimizar os custos dos pagamentos internacionais.

2. Escolha bons parceiros comerciais

Comércio Exterior é uma atividade com muitas complexidades. Entretanto, ao escolher bons parceiros comerciais poderá fazer a vida do seu negócio ser muito mais fácil.

Assim, é essencial contar com parceiros que:

  • Possuem processos e a infraestrutura necessária para lidar com sua demanda;
  • Mantenham canais transparentes e ágeis de comunicação;
  • Conhecem e dominam os processos de exportação ou importação para o Brasil;
  • São organizados e enviam corretamente todas as informações e documentos necessários para o desembaraço aduaneiro.

Vale ressaltar que a máxima de “o barato pode sair caro” impera na escolha dos seus parceiros comerciais. Isto é, desconfie de promoções e ofertas “imperdíveis”.

Com tanta complexidade e riscos envolvidos, é preciso de uma avaliação cuidadosa com quem se faz negócio internacionalmente.

3. Avalie a segurança dos meios de pagamentos internacionais

Como visto acima, cada meio de pagamento possui suas vantagens e desvantagens. Assim, cabe ao seu negócio avaliar qual a melhor forma de realizar seus pagamentos internacionais.

Por exemplo, a Carta de Crédito é a mais segura de todas. Enquanto o pagamento antecipado ou remessa sem saque oferece maior agilidade, mas com alto risco para o importador ou exportador, respectivamente.

Assim, é uma questão de balancear custos, prazos e segurança para definir o melhor método de pagamentos internacionais para cada ocasião.

4. Não deixe de considerar todos os prazos

No Comércio Exterior temos diferentes prazos para tudo. Com isso, é importante mapear e estar no controle de todas essas datas.

Por exemplo, cada instituição financeira possui prazos diferentes para liberar os recursos e isso também muda conforme o meio de pagamentos internacionais escolhido. 

Isso precisa ser analisado junto à empresa do exterior, já que a liberação dos recursos e os prazos de envio das mercadorias precisam ser bem ajustados com o desembaraço aduaneiro e a chegada dos produtos no estoque.

5. Invista em uma solução tecnológica e facilite sua operação de Comércio Exterior

Por fim, mas não menos importante, é fundamental contar com uma solução tecnológica para gerenciar e otimizar os custos nos pagamentos internacionais.

Com um software de comércio exterior é possível:

  • Gerenciar faturas;
  • Controlar as contas a pagar e receber;
  • Acompanhar o despacho aduaneiro;
  • Automatizar tarefas manuais;
  • Receber alertas de casos que precisam de atenção;
  • Preencher até 85% dos documentos;
  • Integração direta com os sistemas do Siscomex;
  • E muito mais!

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