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A importação de produtos é uma prática comum em diversos setores comerciais, e seu sucesso depende não apenas da qualidade dos itens adquiridos, mas também da compreensão e gestão eficiente dos custos envolvidos no processo. Cada aspecto financeiro tem o potencial de influenciar significativamente o custo final de uma operação de importação.  

Por isso, é essencial compreender as variáveis-chave que determinam o custo total de importar um produto. Neste artigo, você encontrará detalhes sobre os principais custos de importação e as partes envolvidas nas negociações. Continue a leitura para aprofundar seu entendimento!  

Conceito de custos 

Antes de detalharmos o tema, é importante entender o conceito de custos, visto que este termo é utilizado de maneiras diferentes para se referir ao valor de uma importação. 

Por exemplo, tanto o importador de matérias-primas quanto o de produtos para revenda falam “custo” referindo-se ao valor total que o produto importado representa ao ser adicionado ao estoque. Este valor é o que chamamos de “custo de importação”, ou seja, o custo total para que o produto esteja pronto para uso ou venda no estoque. 

No entanto, às vezes, o termo “custo” também é usado para descrever o preço pelo qual o produto será vendido ao cliente final. Isso não está errado, especialmente quando se trata de empresas que fazem importação indireta (por conta e ordem ou por encomenda). Nesse caso, mesmo antes de o produto chegar ao revendedor final, há uma etapa adicional: a transferência do produto para o próximo na cadeia de revenda. 

Neste artigo, quando falamos sobre os custos de importação, estamos nos referindo a todos os gastos desde a compra do produto até sua chegada ao estoque do importador. Isso inclui o valor da mercadoria, frete, seguro, impostos não recuperáveis, entre outros. 

 É importante lembrar que os tributos que podem ser recuperados não entram nessa conta, até que o produto esteja pronto para ser utilizado ou vendido. 

Dito isso, os principais custos incidentes na importação são: 

  • Valor da mercadoria;  
  • Transporte internacional; 
  • Impostos que incidem na Importação;  
  • Seguro de transporte internacional;  
  • Armazenagem alfandegada;  
  • Taxas portuárias;  
  • Honorários do Despachante Aduaneiro;   
  • Demurrage; 
  • Energia e monitoramento;  
  • Emissão de certificados por órgãos anuentes;  
  • Transporte nacional; 
  • Outros custos logísticos na importação. 

Valor da mercadoria 

Claro, se estamos falando de importação de mercadorias, o primeiro custo que vem na mente é o do produto. Este é o valor inicial a ser considerado e geralmente é determinante para o valor final da importação. Após a pesquisa de fornecedores, o contato é iniciado para negociação, juntamente com a análise das condições de qualidade e especificações do produto desejado.  

E de que que depende esse valor? De diversos fatores: o que é o produto, da cotação da moeda estrangeira, da negociação entre importador e exportador, e o que está embutido nesse valor da mercadoria.  

Nesse contexto, um aspecto fundamental que afeta o valor da mercadoria é o Incoterm (Termos Internacionais de Comércio) acordado na negociação. Dependendo do Incoterm escolhido, diferentes serviços podem estar inclusos no valor final da mercadoria.  

👉 Clique aqui e confira nosso artigo que detalha os termos Incoterms. 

Por exemplo, no Incoterm FOB (Free On Board), o preço inclui não apenas o custo de produção da mercadoria, mas também os custos de embalagem, transporte até o porto de embarque e, no caso de carga FCL (Full Container Load), o carregamento do contêiner. Essencialmente, o valor FOB engloba todos os custos até que a mercadoria esteja a bordo do navio, pronta para o transporte ao destino final.   

Por outro lado, no Incoterm CIF (Cost, Insurance, and Freight), o valor da mercadoria também incorpora o frete internacional e o seguro de transporte. Já no termo EXW (Ex Works), o preço da mercadoria não inclui nenhum desses custos adicionais, colocando a responsabilidade de coleta e transporte nas mãos do importador.   

LEIA TAMBÉM: Diferenças entre os fretes CIF e FOB: O que você precisa saber ao importar e exportar mercadorias  

Compreender o Incoterm aplicado é crucial para entender todos os custos embutidos no preço final da mercadoria. Portanto, o valor da mercadoria, depende intrinsecamente do tipo de produto, e da dinâmica de negociação entre importador e exportador

Para um entendimento mais claro, criamos um mapa mental que mostra os fatores que influenciam o custo do valor da mercadoria, com quem esses gastos são negociados: 

custos de importacao Valor da mercadoria 1

Transporte internacional 

Outro custo muito importante na importação é o transporte internacional, estamos falando que todo custo desde a fábrica do exportador, até a entrega no porto, aeroporto ou ponto de fronteira aqui no Brasil.    

Quando falamos de custos relacionados com o transporte internacional, logo pensamos no preço do frete, que pode ser “prepaid” (pré-pago) ou “collect” (a pagar).   

No frete pré-pago, o custo é cobrado logo após o embarque e geralmente é pago no país de origem, mas pode ser pago em outro país. Já o frete a pagar, ou “collect”, significa que o frete é pago pelo importador na chegada da mercadoria. Essas condições afetam diretamente como e onde o frete é pago, tendo impacto significativo na gestão financeira da operação de importação.   

LEIA TAMBÉM: Frete aéreo ou marítimo: qual melhor opção para seu negócio? 

Mas, se engana quem pensa que o custo do transporte internacional se resume apenas no frete em si. É crucial considerar os custos adicionais na origem ou destino, que influenciam significativamente o valor final.   

A negociação desses custos ocorre principalmente com:  

  • agentes de carga, que funcionam como intermediários na gestão do transporte internacional;  
  • companhias marítimas, detentoras ou locatárias de navios que oferecem serviços no mercado global;  
  • companhias aéreas, responsáveis pelo transporte aéreo de mercadorias.  

Como mencionado no início do artigo, quando a importação é realizada sob Incoterms iniciados por C ou D, o frete é incorporado ao preço da mercadoria. Neste cenário, a negociação do frete se dá entre o importador e o exportador, sendo este último quem contrata o frete internacional.  

O valor do transporte internacional é influenciado por uma série de fatores. A rota é um aspecto crucial, com variações significativas dependendo da origem da carga. Além disso, o tipo de rota, seja direta ou com transbordo (processo de transferir mercadorias de um meio de transporte para outro durante o trajeto de entrega), impacta no custo; rotas diretas, por serem mais rápidas e demandadas, tendem a ser mais caras.  

O peso e volume da carga também influenciam no custo do transporte, cargas mais pesadas e volumosas elevam o custo. A natureza da carga também influencia, considerando fatores como a necessidade de controle de temperatura, dimensões excessivas, sensibilidade, valor agregado ou perecibilidade, todos limitando as opções de transporte e influenciando o custo final da importação.  

O modal de transporte escolhido – seja marítimo, aéreo ou rodoviário – tem um impacto direto nos custos, o transporte marítimo geralmente é mais econômico (apesar de existirem exceções).   

O tipo de serviço contratado, especialmente no transporte aéreo, que pode variar entre standard e priority, influencia igualmente o custo final, assim como o risco associado à escolha do serviço e da rota. Serviços com menor risco tendem a ser mais caros, refletindo a preferência por segurança e confiabilidade na entrega.  

No mapa mental abaixo é possível conferir os fatores que influenciam os custos de transporte internacional com quem eles são negociados: 

custos de importacao transporte internacional 1

Impostos que incidem na Importação 

Pode-se dizer que os impostos que incidem sobre a importação são responsáveis pela maior parte da fatia dos custos de importação (geralmente pois depende do produto). Principalmente em um país como o Brasil que possui uma alta carga tributária   

O Imposto de Importação é o principal tributo associado especificamente ao processo de importação, podendo atingir até 60% do valor da mercadoria a ser importada. No entanto não é o único tributo incidente na importação, temos também o IPI, o PIS, a COFINS e o ICMS:   

  • II (Imposto de Importação): este imposto incide diretamente sobre as operações de importação e sua função é de natureza econômica e regulatória. O fato gerador do II é a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. O cálculo do imposto é baseado no valor aduaneiro do produto, que inclui o valor das mercadorias no local de destino, acrescido do seguro e frete internacional.   
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): o IPI é um tributo federal cobrado sobre produtos industrializados, sejam eles nacionais ou importados. Sua incidência na importação é determinada pela Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), baseada no código NCM. Este imposto é utilizado para proteger a indústria nacional, sendo cobrado tanto sobre mercadorias nacionais quanto importadas.   
  • PIS e COFINS: regulados pela Lei 10.865/2004, o PIS e a COFINS sobre importação são recolhidos quando há entrada de bens estrangeiros no território nacional, ou quando ocorre pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado.   
  • ICMS: trata-se de um imposto estadual sobre a circulação de mercadorias e serviços. Na importação, sua alíquota é definida por cada estado, tornando seu cálculo às vezes complexo. O ICMS é cobrado de forma indireta, sendo adicionado ao preço do produto ou serviço prestado. O recolhimento do ICMS deve ser realizado após o registro da Declaração de Importação (DI), e o não pagamento pode resultar no bloqueio da liberação da mercadoria.  

Vale destacar que alguns impostos pagos na importação não são vistos como ‘custos’ de forma tradicional na contabilidade. Isso acontece porque esses impostos podem ser usados como créditos.  

Isso é, o importador paga os tributos quando traz o produto para o país, mas depois pode usar esse valor como um desconto nos impostos devidos quando vende o produto.  

Para entender como esses impostos funcionam, precisamos considerar alguns pontos: 

  • Se a importação é feita diretamente pela empresa ou de forma indireta (através de uma trading); 
  • O objetivo da importação, como consumo próprio, revenda, uso como ativo fixo, para industrialização, reexportação, etc; 
  • O tipo de regime tributário da empresa que importa, como lucro real, lucro presumido ou Simples Nacional; 
  • Leis específicas que podem afetar o produto importado; 
  • Como o produto será vendido ou usado depois, e as regras tributárias para essas etapas. 

LEIA TAMBÉM: Como reduzir custos na Importação de Insumos para a Industrialização? 

Outros tributos que também devem estar no “radar” do importador em uma operação de importação são:   

  • Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM): Este adicional incide sobre o frete marítimo sendo direcionado para o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção naval brasileira.  
  • Taxa de Utilização do Siscomex (TUS): a TUS é uma taxa destinada a custear o próprio sistema do Siscomex. Ela está vinculada ao Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (FUNDAF), sob controle da Secretaria da Receita Federal do Brasil. No processo de importação, a TUS é calculada com base na quantidade de adições e é recolhida no momento do registro da Declaração de Importação (DI). Seus valores atualizados estão disponíveis na Instrução Normativa 2.024/2021.  
  • CIDE-Combustíveis: esta contribuição incide sobre a importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool combustível, sendo uma intervenção no domínio econômico relacionada a esses produtos.  

O governo brasileiro estabelece as alíquotas de impostos que incidem sobre as importações, variando conforme a categoria de produto importado. Para determinar essa categoria, é utilizado um código chamado NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), composto por oito dígitos. Esse código auxilia na definição das alíquotas de impostos.  

Além das alíquotas padrão, existe uma variedade de benefícios fiscais oferecidos pelo governo, tanto em âmbito federal quanto estadual, que podem resultar em reduções significativas nos impostos a serem pagos. Esses incentivos variam de acordo com o tipo de produto importado e outros detalhes específicos da operação. 

Confira a seguir um mapa mental que exemplifica os fatores que influenciam os custos dos impostos de importação e as entidades com as quais esses custos são negociados: 

custos de importacao impostos de importacao 1

Possíveis benefícios fiscais 

Ao avaliar os gastos com importação, é muito importante considerar os benefícios fiscais disponíveis para a empresa (geralmente esses benefícios estão associados ao ICMS e variam conforme o estado). 

Inclusive, em alguns casos, realizar o processo de liberação aduaneira em um estado diferente do destino final pode ser vantajoso devido a incentivos fiscais, mesmo considerando os custos de transporte internos adicionais. 

Os possíveis benefícios fiscais são: 

  • Taxas de imposto reduzidas; 
  • Diminuição da base de cálculo; 
  • Crédito de imposto presumido; 
  • Adiamento da cobrança de impostos; 
  • Isenção fiscal. 

Portanto é importante pesquisar as legislações específicas de cada região para tomar decisões informadas para aproveitar ao máximo os benefícios fiscais disponíveis, reduzir o custo da operação de importação, e consequentemente aumentar as margens de lucro da empresa. 

Além disso, importar por outros Estados nem sempre significa uma economia apenas nos impostos, muitas vezes aquela localização possui oportunidades de serviços mais baratos, quando comparado com o Estado onde a sua empresa importa atualmente.   

É comum empresas migrarem suas importações de importação de Santos/SP para Santa Catarina ou para o Espírito Santo, por exemplo, na busca não só de uma economia tributária, mas também para ter acessos à custos de armazenagem e outros mais baratos.  

E principalmente, atuar em locais de menor movimento, onde a demanda é reduzida; portanto, mais eficiente. Assim, se tem cargas liberadas em menor tempo, o que gera também um custo financeiro do capital empregado “parado” menor. 

LEIA TAMBÉM: Importação direta ou via Trading: qual melhor opção? 

Quando falamos de economia de impostos, sempre pensamos no ICMS apenas, mas existem outras oportunidades interessantes de economizar nos demais impostos, tais como: 

  • Utilizar o regime Drawback que permite a isenção de tributos para produtos importados que serão posteriormente exportados. Clique aqui e entenda mais sobre.  

Seguro de transporte internacional 

A contratação de um seguro de carga não é mandatória, mas é altamente recomendada. Afinal, imprevistos podem ocorrer a qualquer momento, e estar desprotegido pode causar consequências financeiras significativas.   

O valor do seguro pode ser negociado com corretoras de seguros, seguradoras e instituições financeiras, levando em conta diversos fatores.  

Primeiramente, o tipo de mercadoria influencia diretamente no custo do seguro. Itens que apresentam maior risco de roubo, quebra, arranhões ou outros danos tendem a elevar o preço. Da mesma forma, o valor da mercadoria é um fator crucial; mercadorias mais valiosas implicam em seguros mais caros.  

Outro ponto importante é a cobertura oferecida pela apólice. Ao contratar um seguro de transporte internacional, você está transferindo os riscos do transporte da sua carga para uma terceira parte, que aceita esses riscos em troca de um “prêmio”. Assim, o custo do seguro também varia de acordo com os riscos específicos que você opta por incluir na sua cobertura.  

No mapa mental abaixo entenda visualmente quais fatores influenciam os custos do seguro de transporte internacional e com quem esses custos são negociados: 

custos de importacao seguro de transporte internacional 1

Armazenagem alfandegada

A armazenagem alfandegada é outro custo muito significativo na importação e está ligado a tempo. Delays na liberação da carga, seja por atrasos na aprovação de documentações necessárias ou outros imprevistos que prolonguem a estadia da carga em portos ou aeroportos, elevam os custos da armazenagem, que já são altos por natureza.  

Os importadores devem negociar esses custos com terminais portuários, aeroportuários e portos secos. Entretanto, embora a possibilidade de negociação exista, muitas vezes os preços seguem uma tabela padrão, com pouca margem para ajustes, a não ser em casos muito específicos.  

O valor da armazenagem pode variar de acordo com vários fatores, incluindo o valor e a natureza da carga. Cargas que exigem cuidados especiais, como controle de temperatura ou que são classificadas como perigosas, geralmente incorrem em custos adicionais. 

Além disso, o tipo de embarque e os serviços específicos requisitados no terminal também influenciam o custo. Serviços extras, como inspeções e movimentações adicionais da carga, contribuem para o aumento dos custos.  

Portanto, a chave para minimizar os custos de armazenagem alfandegada é um planejamento eficiente, tanto aduaneiro quanto logístico, garantindo que a carga seja liberada o mais rápido possível e evitando gastos desnecessários.  

Taxas portuárias 

As taxas portuárias são cobradas pelo porto ou armador por um serviço prestado ou pelo uso de suas instalações. 

Dentre essas taxas podemos destacar: 

  • BL Fee (Liberação de Bill of Lading): a liberação do Bill of Lading (BL), ou “liberação da nota fiscal do serviço prestado”, representa o custo cobrado pelo armador e/ou agente de cargas para fornecer o documento de transporte aos importadores e exportadores. Nesse sentido, as taxas cobradas por cada armador ou agente podem variar conforme suas políticas individuais de precificação. 
  • THC (Capatazia): as Terminal Handling Charges (THC), também conhecidas como capatazia, referem-se aos custos associados à movimentação de contêineres do pátio do terminal portuário para o navio. Cada armador estabelece suas próprias taxas de THC. 
  • Damage Protection Surcharge (DPP – Proteção de danos): essa taxa portuária, aplicada em casos de avaria, visa oferecer cobertura para o importador e exportador nos reparos do contêiner. Ela é uma tarifa negociável e não obrigatória. No entanto, sua ausência aumenta o risco de cobrança por danos ao casco do contêiner ao consignatário. 

👉 Existem diversas outras taxas portuárias, e você pode conferir todas elas no nosso artigo: “Como as taxas portuárias afetam a competitividade dos negócios” 

Confira no mapa mental a seguir fatores que influenciam os custos com a armazenagem alfandegada e com quem eles são negociados: 

custos de importacao armazenagem alfandegada 1

Honorários do Despachante Aduaneiro

Ao falar sobre os custos de importação, não podemos esquecer dos honorários de despacho aduaneiro. Esses, são os custos para os serviços do despachante aduaneiro, o profissional que vai cuidar de todo o processo para legalizar sua carga no país, isso inclui todo o planejamento aduaneiro.   

O valor desse serviço é negociado diretamente com o despachante, e depende do trabalho que ele vai ter. Isso pode incluir desde classificar a mercadoria até registrar sua Declaração de Importação (DI), planejar e gerenciar financeiramente sua operação de importação.  

A região onde sua carga é desembaraçada também influencia no custo. Por exemplo, os custos de desembaraço aduaneiro no Norte ou Nordeste do Brasil costumam ser mais altos que no Sudeste, devido à menor quantidade de mão de obra, concorrência e volume de operações. Essa variação regional é mais um ponto para ficar de olho ao planejar suas importações.  

Confira no mapa mental abaixo os fatores que influenciam os custos com o honorário do despachante aduaneiro: 

custos de importacao honorarios do despachante aduaneiro 1

LEIA TAMBÉM: Despachante Aduaneiro: entenda mais sobre o papel desse profissional! 

Outros custos logísticos na importação

Existem outros custos logísticos, além dos mencionados ao longo do artigo, que passam despercebidos, mas devem ser considerados pois afetam o valor final da importação. Como por exemplo: 

Demurrage 

Demurrage, ou taxa de sobrestadia é a cobrança de quando um contêiner permanece no terminal por mais tempo do que o prazo contratado com o armador. 

O período de estadia começa a contar assim que o contêiner chega ao porto de destino. Quando esse prazo é excedido, a taxa de demurrage é aplicada, cobrada por cada dia extra que o contêiner permanece no terminal. 

LEIA TAMBÉM: Demurrage ou detention: você sabe a diferença entre essas taxas? 

Energia e monitoramento 

Como mencionamos brevemente no tópico armazenagem alfandegada, cargas que necessitam de controle de temperatura – como alimentos perecíveis, medicamentos, e outros produtos sensíveis – tem uma taxa adicional. 

Essa taxa consta como “Energia e Monitoramento”, na importação geralmente se refere às despesas associadas ao fornecimento de energia para contêineres refrigerados (também conhecidos como contêineres reefer) e ao monitoramento constante desses contêineres durante a armazenagem. 

Custos de compliance e emissão de certificados por órgãos anuentes 

O cumprimento das regulamentações de importação é complexo, portanto, a empresa deve considerar além dos custos mencionados ao longo do artigo, o quanto ela gasta para garantir que os produtos atendam aos padrões nacionais e internacionais.  

A emissão de certificados por órgãos anuentes também tem um custo associado às importações. Esses custos podem incluir taxas de solicitação, análise documental, inspeções físicas, testes laboratoriais e outras atividades exigidas pelo órgão regulador. Os valores variam de acordo com o tipo de produto e os requisitos específicos de cada órgão. 

LEIA TAMBÉM: Você entende o papel dos órgãos oficiais de anuência na importação? 

Logística Nacional: transferência da carga do Porto ou Aeroporto para o estoque 

Os custos associados à transferência da carga do porto ou aeroporto para o estoque (ou armazém) também são uma parcela do custo total de uma importação. Mas, é importante ressaltar que esses custos podem variar dependendo de alguns fatores como: a distância do porto ou aeroporto até o destino final, a natureza da mercadoria e o modo de transporte escolhido. 

Transportar cargas via rodoviária, ferroviária ou aérea pode ter seus custos afetados pelo peso e volume ou até mesmo se existir a necessidade de veículos específicos para cargas de grandes dimensões ou perigosas. Pode haver também a necessidade de combinar diferentes modais de transporte, o que também acaba afetando o custo total da transferência de carga.  

No entanto, o custo do transporte não é o único para transferência da carga para seu destino final. Existe também as taxas de manuseio e serviços. Isso é, caso a carga precise ser desconsolidada e manuseada no ponto de entrada antes do transporte para o estoque. Isso inclui a movimentação de contêineres e a separação de cargas. 

Custo do capital empregado  

O capital empregado não é essencialmente um custo direto da importação, mas deve ser considerado pelas empresas de comércio exterior. Esse custo se refere ao capital que uma empresa investe em suas operações, nesse caso na operação de importação.  

O principal aspecto do custo do capital empregado que deve ser considerado pelas empresas é o tempo que o capital fica imobilizado; em outras palavras, o tempo necessário para que o processo de importação seja concluído.  

Quanto maior for esse período, mais demorada será a recuperação do investimento realizado pela empresa, isso representa um custo significativo quando comparado com o custo de oportunidade de investir esse mesmo capital no mercado financeiro, onde poderia potencialmente gerar retornos.  

Na logística internacional, o capital pode ficar “parado” devido a vários fatores, como atrasos no transporte, processos alfandegários lentos, ou ineficiências na cadeia de suprimentos. Por isso é tão importante prezar pela eficiência no seu processo de importação.  

Como gerenciar os custos de importação com o Conexos Cloud? 

Ficou claro que o processo de importação é completamente interdependente, somando isso com a complexidade aduaneira brasileira, temos uma operação extremamente burocrática. Ou seja, o importador deve ter muita atenção em cada etapa da nacionalização do produto para evitar qualquer tipo de inconformidade que gere o aumento do custo final da importação.  

Nesse contexto, a automação de processos de importação ganha um valor estratégico, pois assegura maior agilidade e uma menor incidência de erros.  

Pensando nisso o Conexos Cloud desenvolveu uma solução que promove ao importador o acompanhamento completo de todos seus processos de importação, simultaneamente, de ponta a ponta. Com a nossa solução cerca de 60% do fluxo de importação está amparado por robôs que estão sempre atuando previamente e alertando quais etapas seguintes demandam alguma ação do analista.  

Entre as diversas funcionalidades do Conexos Cloud, podemos destacar aqui: o monitoramento detalhado por container ou NCM, a gestão eficiente de cotações para frete, seguro e outros serviços, o controle rigoroso de free time e demurrage, além do faturamento automático mediante a importação da Declaração de Importação (DI). Oferecemos, também, uma integração fluída com os principais ERPs do mercado (como por exemplo o SAP). 

Outra funcionalidade do Conexos Cloud é o demonstrativo de composição do custo da mercadoria, com fechamento de processos gerenciáveis. Isso quer dizer que nossa plataforma oferece uma ferramenta que detalhada e permite a análise dos diversos custos associados à sua mercadoria.  

Com essa funcionalidade, é possível não apenas visualizar cada elemento que compõe o custo final do produto, mas também gerenciar e otimizar esses processos de forma eficaz. Dessa maneira, o Conexos Cloud habilita sua empresa a identificar oportunidades de redução de custos, melhorar a eficiência operacional e, consequentemente, aumentar a margem de lucro. 

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